Logo que ouvi as primeiras notícias sobre uma possível pandemia da gripe suína, achei que havia exagero. Agora, contudo, me parece que foi acertado o alerta da OMS para os riscos eminentes de pandemia. O número de casos vem crescendo dia a dia. Se há uma diferença entre a gripe espanhola e a gripe suína [subtipos do vírus Influenza A] é o poder dos meios de comunicação. Graças à comunicação global on line foi possível tomar medidas de precaução em diversas partes do mundo. Por outro lado, os deslocamentos hoje são mais intensos e extensos e, portanto, os riscos do vírus migrar rapidamente por diversas partes do globo é muito maior. Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar.
Como não sou da área de saúde, não me considero em condições de tratar mais profundamente do assunto. Como não sou jornalista, também não tenho elementos para tratar do assunto como notícia. É possível acompanhar as notícias atualizadas aqui, aqui e aqui, entre outros sites. Há até um mapa da evolução dos casos pelo mundo. Acho que nem é o propósito aqui. Agora, comentar sobre algumas questões, isso é possível.
Parece que o que torna o vírus influenza A (H1N1) motivo de grande preocupação é o fato de ser uma combinação entre vírus da gripe suína, aviária e humana. A gripe sazonal mata quase meio milhão de pessoas por ano [não é um numero impressionante?] e pessoas infectadas com o vírus da gripe estariam mais propensas, com menos defesas, a serem contaminadas pelo vírus H1N1, causador da gripe suína. Há uma preocupação maior com os paises do hemisfério sul, uma vez que o inverno se aproxima nessa região. Também há a preocupação que esse vírus se recombine com o vírus H5N1, da gripe aviária, que teve um surto em 2005.
Em 2003 a OMS temeu que houvesse uma pandemia de SARS [Síndrome Respiratória Aguda Grave]. Contudo o surto foi controlado, apesar da demora do governo chinês, marco zero da epidemia, em comunicar o fato ao mundo. Assim mesmo, matou 774 pessoas em 11 países. Uma das diferenças entre as duas gripes é que um dos sintomas da SARS era febre, ao passo que na gripe suína a pessoa infectada pode não apresentar febre como sintoma, dificultando o diagnostico. Até o momento, houve mortes apenas na América do Norte [México, Canadá e EUA] e uma morte na Costa Rica. Um caso alarmante aconteceu no Canadá, um homem passou o vírus para 220 porcos.
O efeito mais perverso do vírus A (H1N1) é sem dúvida o tratamento dispensado aos mexicanos. Se 90 anos atrás, a pandemia de influenza A ficou conhecida como gripe espanhola, ouve quem aventasse a possibilidade de chamar o atual surto de gripe mexicana. Logo, a OMS tratou de batizar a atual gripe com o nome técnico do vírus, incapaz de criar estigmas sociais ou atritos diplomáticos, totalmente desnecessários. Entretanto, há notícias de que na China pessoas em contato com mexicanos em hotéis foram confinadas, assim como passageiros de aviões vindos do México. Até dentro do próprio México, casos de discrimininação começam a acontecer. Moradores da Cidade do México, considerada marco zero da disseminação do vírus, começam a ser atacados por seus compatriotas quando em trânsito por outras regiões do país.
Preconceito e doença formam par bastante perigoso, incorrendo em situações de constrangimento e estigmatização [ver Blindness]. Basta ver o que se fazia com leprosos ou, mais recentemente, com os portadores do vírus HIV, causador da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida [AIDS]. A pandemia da Aids, essa sim, foi grave, talvez a mais grave em tempos recentes. Um de seus efeitos colaterais mais graves e que ainda hoje repercute, é o preconceito que desemboca na questão da sexualidade. Não me parece possível se repetir nem a extensão da pandemia muito menos os preconceitos por causa de, em última instância, um vírus de gripe.
A projeção da OMS era que a pandemia poderia atingir 2 bilhões de pessoas, 1/3 da população mundial. Com a gripe aviária, as projeções eram de infecção de 150 milhões e depois 2,4 milhões e por fim o número de casos foi bem baixo. Mas, repetindo, é melhor prevenir do que remediar.
Por fim, há que se lembrar que, no Brasil, a mortalidade por doenças das vias respiratórias é bastante alta. Há dois casos alarmantes, relacionados às doenças das vias respiratórias que deveriam ser tratados por toda a sociedade, como pandemias, como casos virais. Um é o cigarro. O cigarro mata. E muito! Digo isso por que sei do que escapei. Sou ex-fumante, fumei por 19 anos e parei a 9 anos. Digo que estava cavando minha própria cova. E o contágio se da via propaganda massiva pelos meios de comunicação. E o pior é que os fumantes não sabem o que estão ingerindo. O governador de São Paulo, José Serra, finalmente sancionou a lei antifumo. Outros estados já têm suas leis. Países pelo mundo todo aplicam restrições ao fumo. Já chegou tarde por aqui. O outro é a poluição do ar. O contágio se dá alimentado pelas indústrias automobilísticas que fazem forte lobby para se manterem produtivas e pela ausência de programas efetivos de transportes públicos eficientes.
Como não sou da área de saúde, não me considero em condições de tratar mais profundamente do assunto. Como não sou jornalista, também não tenho elementos para tratar do assunto como notícia. É possível acompanhar as notícias atualizadas aqui, aqui e aqui, entre outros sites. Há até um mapa da evolução dos casos pelo mundo. Acho que nem é o propósito aqui. Agora, comentar sobre algumas questões, isso é possível.
Parece que o que torna o vírus influenza A (H1N1) motivo de grande preocupação é o fato de ser uma combinação entre vírus da gripe suína, aviária e humana. A gripe sazonal mata quase meio milhão de pessoas por ano [não é um numero impressionante?] e pessoas infectadas com o vírus da gripe estariam mais propensas, com menos defesas, a serem contaminadas pelo vírus H1N1, causador da gripe suína. Há uma preocupação maior com os paises do hemisfério sul, uma vez que o inverno se aproxima nessa região. Também há a preocupação que esse vírus se recombine com o vírus H5N1, da gripe aviária, que teve um surto em 2005.
Em 2003 a OMS temeu que houvesse uma pandemia de SARS [Síndrome Respiratória Aguda Grave]. Contudo o surto foi controlado, apesar da demora do governo chinês, marco zero da epidemia, em comunicar o fato ao mundo. Assim mesmo, matou 774 pessoas em 11 países. Uma das diferenças entre as duas gripes é que um dos sintomas da SARS era febre, ao passo que na gripe suína a pessoa infectada pode não apresentar febre como sintoma, dificultando o diagnostico. Até o momento, houve mortes apenas na América do Norte [México, Canadá e EUA] e uma morte na Costa Rica. Um caso alarmante aconteceu no Canadá, um homem passou o vírus para 220 porcos.
O efeito mais perverso do vírus A (H1N1) é sem dúvida o tratamento dispensado aos mexicanos. Se 90 anos atrás, a pandemia de influenza A ficou conhecida como gripe espanhola, ouve quem aventasse a possibilidade de chamar o atual surto de gripe mexicana. Logo, a OMS tratou de batizar a atual gripe com o nome técnico do vírus, incapaz de criar estigmas sociais ou atritos diplomáticos, totalmente desnecessários. Entretanto, há notícias de que na China pessoas em contato com mexicanos em hotéis foram confinadas, assim como passageiros de aviões vindos do México. Até dentro do próprio México, casos de discrimininação começam a acontecer. Moradores da Cidade do México, considerada marco zero da disseminação do vírus, começam a ser atacados por seus compatriotas quando em trânsito por outras regiões do país.
Preconceito e doença formam par bastante perigoso, incorrendo em situações de constrangimento e estigmatização [ver Blindness]. Basta ver o que se fazia com leprosos ou, mais recentemente, com os portadores do vírus HIV, causador da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida [AIDS]. A pandemia da Aids, essa sim, foi grave, talvez a mais grave em tempos recentes. Um de seus efeitos colaterais mais graves e que ainda hoje repercute, é o preconceito que desemboca na questão da sexualidade. Não me parece possível se repetir nem a extensão da pandemia muito menos os preconceitos por causa de, em última instância, um vírus de gripe.
A projeção da OMS era que a pandemia poderia atingir 2 bilhões de pessoas, 1/3 da população mundial. Com a gripe aviária, as projeções eram de infecção de 150 milhões e depois 2,4 milhões e por fim o número de casos foi bem baixo. Mas, repetindo, é melhor prevenir do que remediar.
Por fim, há que se lembrar que, no Brasil, a mortalidade por doenças das vias respiratórias é bastante alta. Há dois casos alarmantes, relacionados às doenças das vias respiratórias que deveriam ser tratados por toda a sociedade, como pandemias, como casos virais. Um é o cigarro. O cigarro mata. E muito! Digo isso por que sei do que escapei. Sou ex-fumante, fumei por 19 anos e parei a 9 anos. Digo que estava cavando minha própria cova. E o contágio se da via propaganda massiva pelos meios de comunicação. E o pior é que os fumantes não sabem o que estão ingerindo. O governador de São Paulo, José Serra, finalmente sancionou a lei antifumo. Outros estados já têm suas leis. Países pelo mundo todo aplicam restrições ao fumo. Já chegou tarde por aqui. O outro é a poluição do ar. O contágio se dá alimentado pelas indústrias automobilísticas que fazem forte lobby para se manterem produtivas e pela ausência de programas efetivos de transportes públicos eficientes.
De qualquer modo, a pandemia do vírus A H1N1 está longe de achar seu termo. Encontrei uma fonte de informação interessante sobre o assunto, o site gripe do porco. Muita informação e um pouco de diversão pra relaxar. Vale a pena.
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