Foi um avanço o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Ranço da ditadura militar que a tudo queria censurar, inclusive quem poderia tratar da informação. Um anacronismo quando se percebe a revolução colocada pelos meios digitais e pelas tecnologias de informação e comunicação. Assim, estão asseguradas as liberdades de expressão e pensamento.
Parece que eu, intuitivamente, pensava nisso, quando larguei o curso de jornalismo um ano depois com a justificativa de que não precisava dele pra escrever. Sempre escrevi, acho que bem. Mas com as tarefas disso e daquilo, com as obrigações a cumprir nisso e naquilo, esse projeto de escrever ficou abandonado por muitos anos, até a que redescobri que escrevia relativamente bem fazendo a tese.
Ouço dizer que não devemos nos arrepender daquilo que fizemos. Conheço gente que não se arrepende de nada, mas a frase me soa um pouco ideal, a vida ideal, sem percalços, sem deslizes, sem senões. Tenho uma pá de coisas de que me arrependo, minha vida está longe de ser espelho de qualquer utilidade. Acho que seria mais feliz se fosse jornalista. Talvez tivesse me tornado um bom articulista. Ainda poderia sê-lo. Agora é tarde. Ora, nunca é tarde. Mas meu relógio anda meio parado.
Leia mais aqui e aqui.
viajando de hipopótamo
-
Super legal receber tantos comentários e saber que tanta gente legal ainda
está ligada aqui no ostrigemeos! Confesso que estava com saudades da
blogosfer...
Há 11 anos
2 comentários:
Octavio, eu também acho que a obrigatoriedade do diploma era descabida para os tempos atuais, mas ser jornalista não é saber escrever. Ser jornalista é saber lidar com a informação numa perspectiva social, e isso é muito diferente de se comunicar, de manifestar opinião.
Beijo
Eu te acho um excelente arquiteto jornalista, sabe olhar para os fatos com a curiosidade e sensibilidade devida, que ambas as profissões despertam. Também não pode se esquecer o quanto foi bom sendo professor.
Abraços!!!
Postar um comentário