sexta-feira, 24 de julho de 2009

biografias


Já disse aqui que nossos ex-presidentes não sabem se comportar. Não teria sido melhor o Sarney ter ficado em casa depois de ter sido presidente do país? Não teria sido melhor pra biografia que ele tanto defende?

Desde quando o passado de alguém exime do cumprimento de obrigações, quaisquer que sejam? Imagina! Numa grande empresa, o fulano que já foi diretor, não precisa mais trabalhar pra justificar o salário. No time de futebol, o artilheiro do ano anterior, que no atua campeonato não corre mais é mantido no time pelo técnico por que foi o artilheiro do ano passado. Aquele sujeito exemplar, eleito o pai de família do ano, mata um cara numa briga de bar, mas não vai preso. Precisa mais algum exemplo? Só mais um: o presidente do senado, ex-presidente da república, atenta contra o decoro e a ética, infringe leis, é cúmplice em malversações, pinta e borda, mas por seu passado, por sua biografia, atesta ele mesmo, não pode ser tratado como uma pessoa comum. Pior, é defendido por outros, entre eles o atual presidente da república.

Quanto a Lula, pelo que se vê de seu relacionamento com Sarney e Collor, parece que quer passar a história como o presidente que reconheceu que os ex-presidentes merecem tratamento especial. Estará ele, defendendo as biografias, afagando ex-presidente, procurando justificar previamente a si próprio, preparando sua cama no futuro? Será?

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